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Ex-prefeito André Ceciliano governou a cidade entre 2001 e 2008; Andrezinho tem como missão retomar o legado do pai
As caminhadas do candidato à prefeitura de Paracambi Andrezinho Ceciliano (PT) realizadas na última sexta (06/09) foram marcadas por homenagens e agradecimentos à gestão do ex-prefeito André Ceciliano, pai e líder político do candidato. André Ceciliano governou a cidade entre 2001 e 2008 e seu governo é muito bem avaliado pela população até os dias de hoje.
Nos portões e nas janelas de diversas casas, pessoas se aglomeravam para ver e falar com Andrezinho e André Ceciliano. O carinho que o ex-prefeito e o filho, que é deputado estadual, receberam dos moradores ficava nítido através das faixas e cartazes colados nos portões e janelas das residências, além do sorriso em quem corria para abraçá-los.
“O André foi o melhor prefeito que Paracambi já teve! Ele pode estar em Brasília, em qualquer lugar, que ele vai continuar sendo a pessoa que a gente vê todo santo dia. O Andrezinho teve uma escola perfeita, o pai, é uma simpatia em pessoa”, diz dona Maria Cristina, aposentada, que pendurou uma faixa no seu portal em homenagem ao ex-prefeito.
A presença de pai e filho movimenta os corações dos moradores das ruas por onde passam. Izabel Siqueira, de 63 anos, tem dificuldades de locomoção, mas, mesmo assim, se esforçou para chegar à calçada e cumprimentá-los por conta da gratidão que tem pela gestão do ex-prefeito.
“O que André fez por Paracambi, eu acho que o Andrezinho vai pegar e fazer até melhor, porque está no sangue”, disse.
Para o candidato, o carinho da população é um sinal de que estão no caminho certo, rumo à vitória. “A gente está vendo uma população que está muito carente da atenção do Poder Público. No nosso governo, isso vai ser diferente! Vamos reconstruir essa cidade ao lado de cada morador e moradora”, disse.
Denúncias também marcam caminhadas
Os moradores dos bairros por onde Andrezinho passa também fazem denúncias sobre a gestão da cidade. No Sabugo, na caminhada da noite, moradores afirmam que eles mesmos têm feito a limpeza dos rios do bairro para evitar que novos alongamentos ocorram com as chuvas.
“A prefeitura apareceu por aqui depois de dias. A rua foi limpa pela chuva, porque ninguém veio limpar”, afirmou o morador, que ainda acrescentou que “a prefeitura estava limpando só o centro da cidade. O centro é bom? Dá lucro? Sim, mas aqui a gente também é morador, nós pagamos nossos impostos direitinho”, disse Thiago Faria, um dos moradores que teve a casa invadida pela água, que chegou na altura da cintura.
Dona Maria Rita contou que se junta a outros vizinhos para retirar folhas e lixos do rio que passa na região. Segundo ela, a prefeitura não faz a limpeza e os moradores temem que a sujeira atrapalhe o fluxo da água e cause transbordamentos em caso de chuva.
“Nunca limparam, mas na época do André era limpo”, relatou a moradora sobre o descaso da gestão atual.
Ela ainda afirma estar na expectativa pela eleição de Andrezinho, pois quer que a prefeitura volte a oferecer serviços que, atualmente, estão deixando a desejar.
“Antigamente, o lixo era recolhido todo dia, mas de dois anos pra cá, passa na hora que quer e tem que colocar na lixeira lá na principal. Se não eu não tiver ninguém morando comigo pra levar o lixo, estou ferrada”, lamentou a moradora que tem dificuldade de locomoção.
Em discurso, Andrezinho comentou sobre a sujeira e a ausência da coleta no bairro. “A gente sabe que lixo traz rato e mosquito e esses animais causam doenças. E, quando as pessoas ficam doentes, não encontram remédio no posto de saúde”, lamentou o candidato.
Mais cedo, no bairro da Fábrica, moradores também reclamaram da prestação do serviço de saneamento, de responsabilidade da Rio+Saneamento, e da coleta de lixo. Dulcinéia Maria da Silva, de 67 anos, contou que, na rua onde mora, só metade dos moradores pagam pelos serviços da concessionária.
“Do nosso lado da rua, a gente paga o esgoto, os vizinhos do lado de lá da rua não pagam. O pagamento da taxa de esgoto tem que ser para todos ou para nenhum, mas não com esses valores absurdos”, disse Dulcinéia.
Ela também denunciou casos de negligência médica no Hospital de Lages, onde foi atendida recentemente.
“Eu informei que não podia tomar determinada medicação, as técnicas me deram uma medicação diferente, tive uma reação alérgica e tive que ficar o dia inteiro no Hospital. Eles não se atentaram ao que eu falei, a pessoa que me atendeu disse que era assim mesmo”, disse.
Vera Lucia Monfardini, 63 anos, Professora, reclamou do trânsito da rua Coronel Othon. Após uma reorganização viária do bairro realizada pela atual gestão, sua rua, que era mão dupla, passou a ser mão única sentido Centro da cidade.
“O maior problema aqui no bairro é essa Coronel Othon com trânsito único que atrapalha a todos, não temos como estacionar os carros e nem sossego em nossas casas”, completa a professora.
Texto: Evandro Viana e Rian Delaia / Foto: Everaldo Sampaio
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